A diretora do SINJUSC Carolina Costa Rodrigues representou o SINJUSC e a Fenajud no Fórum Social Mundial – Justiça e Democracia, que segue até sábado (30/04), em Porto Alegre (RS). O evento reúne lideranças de movimentos sociais e políticos em busca de unidade para enfrentar as políticas de retrocesso contra os povos e os direitos. Rodrigues também é Coordenadora de Saúde e Previdência do Trabalhador da Fenajud
No dia 28/04, a Fenajud, com o apoio do Sindjus-RS, teve participação de destaque ao promover a mesa “Democratização do Sistema de Justiça, uma construção necessária”. Dezenas de trabalhadores do serviço público ouviram sobre os problemas estruturais do Poder Judiciário no Brasil e quais caminhos devem ser percorridos para que haja a construção e efetivação de uma nova realidade, de aprimoramento do sistema de justiça e da própria democracia.
Com a presença do professor, mestre em Direito do Estado e escritor, Maurício Corrêa, a mesa contou com mediação da coordenadora de gênero, etnia e geracional, Ana Carolina Lobo, além da participação da coordenadora-geral da entidade, Arlete Rogoginski e explanação do coordenador de Política Sindical e Relações Internacionais da Fenajud, Ednaldo Martins.
Qual sociedade queremos?
A diretora do SINJUSC Carolina Costa Rodrigues expôs a importância do debate coletivo sobre o papel que o judiciário cumpre, também, no contexto reprodutor de desigualdade. “É um olhar sobre esse sistema e o que podemos fazer para mudar e chegar no objetivo de ter um judiciário, de fato, justo, democrático e a serviço da população. A atividade sindical é política. Não teremos um sindicalismo coerente com a realidade se ficarmos só dentro do sindicato. Para mudar as estruturas em busca de um sociedade mais igualitária para todos e todas, os sindicalistas precisam estar conectados com os movimentos sociais e políticos, com a base e outros sindicatos. Fazer formação, estudar, criar bases com outros movimentos é também fazer a luta e tudo que ela representa”, enfatiza a liderança sindical.
Arlete Rogoginski, coordenadora da entidade, destacou na abertura da atividade a participação das representações sindicais de diferentes estados, que participam ativamente da semana de debates em Porto Alegre. “Temos vários Estados, nesse importante debate, e o tema da mesa já nos remete a alguns questionamentos. Estamos aqui debatendo a democratização do nosso sistema de justiça. Se precisamos democratizar, é sinal de que algo está errado. Se não há democracia, não há inclusão. Se não há democracia, o sistema de justiça não é para todos”
O Judiciário x garantias das minorias
O professor Maurício Corrêa abordou a problemática que circunda o Poder Judiciário e como ele se comporta diante das garantias apontadas na Constituição, especialmente em relação às minorias. Para o especialista, “o modelo é excludente e não possibilita a pluralidade de representação social nesse grupo”. Ao citar isso, ele lembrou que “algumas pesquisas analisadas apontam que das pessoas que buscam aprovação na magistratura, 2/3 são do gênero feminino, mas só 1/3 são.
Nova realidade no Judiciário
Ednaldo Martins, que é Coordenador de Política Sindical e Relações Internacionais da Fenajud, abriu sua explanação destacando o papel do Fórum Social Mundial Justiça e Democracia como uma oportunidade de não apenas debater, mas de construção de princípios e alternativa para efetivar uma nova realidade, de aprimoramento do sistema de justiça e da própria democracia. “Esse Fórum ocorrer num momento difícil da conjuntura nacional e provoca a sociedade brasileira a fazer um debate sobre o sistema de justiça como nunca se fez”, pontuou.
Confira na íntegra a mesa: