Para economizar papel, até dezembro deste ano, a Gráfica do Tribunal de Justiça de Santa Catarina será fechada. Como saldo, quase 50 trabalhadores terceirizados se somarão aos 13,7 milhões de desempregados no Brasil, os 14 trabalhadores concursados, alguns com mais de 30 anos de casa, serão relotados compulsoriamente em outras unidades, o maquinário e os insumos outrora utilizados como investimentos, inclusive para a recente edição do livro de 100 anos do TJSC e da agenda de mesa distribuída pra todas as comarcas, devem ser leiloados. Os futuros trabalhos de impressão serão terceirizados.
A justificativa é o recém-lançado programa judiciário sem papel. O programa tramita sob o SPA nº 13442/2018, onde estão previstas realocação dos trabalhadores de acordo com suas competências, transição positiva e respeito aos terceirizados, mas, por enquanto, ninguém da Diretoria de Pessoas conversou com os efetivos ou com os terceirizados.
Ontem (12/07), a direção do SINJUSC dialogou com os trabalhadores da gráfica. Durante a conversa se sugeriram alternativas, como adequações no projeto de acordo as necessidades do Tribunal, de mão de obra e de orçamento, sem extinguir a Gráfica, que conta com equipamentos de ponta e com equipe de conhecimento técnico especializado passível de cessão de tecnologia para outros órgãos públicos deficitários na área. Outra sugestão foi implementar convênios, como já feito com o Tribunal de Contas. Os próprios trabalhadores se colocaram à disposição da administração na melhoria da proposta.
O diálogo para solucionar a questão é fundamental. A intenção de eliminar papel não pode resultar em prejuízos para os trabalhadores. O SINJUSC seguirá acompanhando o caso e buscará um desfecho positivo para todos, inclusive para os terceirizados que dependem do emprego.