Foto: Arquivo SINJUSC

Tabela e possibilidade de conquistas fazem colegas do PJSC abrirem mão de vaga na Justiça Federal

A nova tabela salarial conquistada em junho de 2025, URV, benefícios e a perspectiva de novas conquistas por meio da luta sindical, foram os principais motivos apontados por colegas que optaram pelo PJSC ao invés de uma carreira na Justiça Federal. Para a presidenta do SINJUSC, Carolina Rodrigues Costa, “a mudança de paradigma é mais ou menos recente e essa é uma notícia que nos alegra muito, pois desde que conquistamos a mesa de negociação permanente com a administração que temos argumentado a necessidade de valorizar a categoria para evitar a evasão de profissionais”.

A equipe de comunicação do SINJUSC ouviu Marcos e Bárbara, dois Analistas de Nível Médio (ANM) que optaram por permanecer no PJSC ao serem recentemente chamados para trabalhar como técnicos de nível médio na Justiça Federal. Outro entrevistado pela reportagem foi Antônio, que deixou cargo de nível médio no TRF2 no Rio de Janeiro para assumir vaga de Analista de Nível Superior (ANS) no TJSC.

De acordo o Técnico de Suporte em Informática (TSI), Marcos Rafael Gomes, que já tem 15 anos no Judiciário catarinense, “eu tenho um colega que é servidor da Justiça Federal, ele entrou na Justiça Federal mais ou menos no mesmo tempo que eu entrei na Estadual, acho que um ano antes. E aí eu troquei uma ideia com ele sobre a tabela salarial deles, tudo, né? E não valia… com a nossa nova tabela, com essas novas referências que a gente vai ter, não compensa ser técnico da Justiça Federal. A Justiça Estadual, o vencimento está melhor”.

Já para Bárbara Figueiredo que trabalha em gabinete e está no Judiciário catarinense há 14 anos, “outras situações também foram a questão do auxílio-saúde, que aqui na Justiça Estadual é pago o auxílio-saúde, a co-participação, e ainda aquele auxílio-saúde de gastos particulares, algo que não existe na Justiça Federal. O auxílio-alimentação também impactava que o nosso é maior. E a questão da aposentadoria, eu não sabia como iria ficar, qual regime eu entraria na Justiça Federal, porque nós temos um regime próprio, né? E o meu regime ele ainda é da da integralidade, então todas essas questões pesadas me fizeram ficar na Justiça Estadual”.

Antônio Andrade Lopes está no TJSC há pouco mais de um ano depois de deixar o TRF2 onde trabalhou por cerca de 4 anos. Apesar de sair de um cargo de nível médio para um de superior, quando ele chegou em Santa Catarina, a nova tabela ainda não havia sido aprovada. “Acho que as pessoas não têm muita ideia. Mas, por exemplo, no serviço público federal, em termos de valores da carreira, não tem reajuste anual, não tem licença-prêmio, não tem triênio. O auxílio-alimentação lá do serviço público, da justiça federal, era de R$ 1.300, quase metade do auxílio daqui”.

Outra informação trazida por Antônio foi a questão da proximidade do SINJUSC com a categoria. “É mais fácil estar ali perto da diretoria, do sindicato, das pessoas ali que estão mais na linha de frente, e a gente consegue ter acesso, conversar. Coisa que não tinha muito lá na Justiça Federal. As pessoas do SINJUSC são muito abertas a conversar e estar ali para apoiar. Eu nunca vi ninguém do sindicato lá no Justiça Federal, porque é muito difundido o Brasil inteiro, aí fica muito espaço, os direitos acabam se perdendo e como não tem ninguém ali para conversar, as pessoas acabam ficando quietas”.

Para Bárbara, a perspectiva de novas conquistas também foi um fator importante para a permanência “depois dessa grande vitória, que foi a tabela, e a URV, enfim, esse auxílio-saúde e todas essas melhorias que tiveram nos últimos anos, acho que era hora de olhar para esses servidores de cartório que, sem gratificação, né, fazem, de certa forma, trabalho de nível superior”.

Sobre essa questão da luta por novos direitos, Marcos acrescenta que “para eles também é mais difícil negociar, né? Porque tem que negociar com o Congresso e tal, é um pouquinho complicado. Todas essas coisas pesaram bastante. O nosso aqui é um pouco ruim, a nossa ALESC, mas pelo menos o nosso SINJUSC que bate o pé e consegue, sabe negociar, né? Então a gente, eu acho que está bem melhor”.

2 comentários

  1. OTIMO. PENSA QUE NÃO FIZERAM NADA PARA EVITAR O ATRASO DO 13 SALARIO. EU E MUITOS APOSENTADOS E PESSOAL DA ATIVA, JOGAMOS NOSSAS DIVDAS PARA O MES DE OUTUBRO para pagamentos de cheques pré datados com o 13 salario que religiosamente era quase sempre pagas no mes de de outubro. O TJSC ESTÁ SEM DINHEIRO? OU DEIXARAM EM APLICAÇÃO FINANCIERIA PARA RENDER UM POUCO MAIS?

    Com a palavra SINJUSC. Há eu sai do SINJUSC por estarmos fora da tabela. Certamente o SINJUSC não vai postar esse comentario e não fara nada para o PRESIDENTE DO TJSC não depositar o dinheiro dia 31.11.2025 (?) … …eu terei 4 mil em cheques devolvidos como são 10 cheques terei que pagar 62,50 por cheque devolvido, serão R$ 625,00 de prejuízo. OBRIGADO SINJUSC por não ficar atento a isso enquanto estavam em brasilia colocando cartazes contra ze trovao ao inves de chamar ele para convencer a votar contrario a reforma. Obrigado TJSC por mudar a data de pagamento e não avisar que o faria.

    ANTONIO
    APOSENTADO
    AGORA FERRADO.

    • Olá, Antônio! O Tribunal pode pagar até novembro, os anos em que foi pago em outubro, foi uma opção da administração!

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