O Tribunal de Justiça aprecia proposta de extinção de 250 cargos vagos de Técnicos Judiciários Auxiliares e a criação de 150 Analistas Jurídicos na próxima sessão do Tribunal Pleno, na quarta-feira (06/06). Ao afirmar que o processo de informatização diminuirá o serviço cartorário e fomentará as decisões de gabinete, o TJ toma uma decisão correta ao “criar” cargos de Analistas em conformidade com o solicitado pelo SINJUSC em modificação a ser feita no PLC 14.2/2018. Contudo, pelo grande volume de Técnicos existentes e da necessidade contínua de atividades cartoriais, a transição demonstra a urgência de um PCS.
Ao não querer debater o Plano de Cargos e Salários, o Tribunal de Justiça esquece a urgente solução dos problemas existentes no PCS. Tanto que manda criar, via PLC 14.2/2018, 462 cargos puramente comissionados e mais de 400 cargos comissionados típicos de efetivos. Além disto, discute a extinção de TJAs e a criação de Analistas Jurídicos. Não seria a verdadeira hora de colocar na mesa o debate sobre o PCS?
A notícia da proposta que vai ao Pleno é a criação de 150 cargos de Analistas Jurídicos. Porém, alguém poderia querer confundir e dar como manchete o “início da extinção dos TJAs”. Além de uma falsa realidade, quase uma “fake news”, a informação de tal jeito tem a intenção de confundir a categoria.
Antes de afirmar qualquer coisa, sem cuidado com a informação, é importante observar a realidade. O Tribunal de Justiça quer criar 462 cargos comissionados retirando R$ 300 do auxílio-alimentação dos trabalhadores. Enquanto isto, há mais de 500 cargos vagos que, ao não serem preenchidos, na prática, aumentam o trabalho de quem está nos cartórios, principalmente, pois tem que dar conta do trabalho com estagiários e voluntários. Valorizar o(a) trabalhador(a) é debater com a categoria diretamente. E trabalhadores e trabalhadoras apontaram como urgente e necessário, na Conferência dos Delegados deste ano e na assembleia geral, falar sobre o PCS. Juntos somos mais fortes!