Ilustração de Heloísa Lazaretti Fernandes especialmente à Revista Valente, 8ª edição

Tecnologia intensifica o trabalho e causa adoecimento e afastamento

A pauta de saúde tem centralidade nas negociações entre SINJUSC e Administração do Tribunal. Produzir bem, com qualidade e respeito ao bem-estar físico psíquico são as lutas do sindicato. Porém, a forma de gestão do tribunal baseada na política de metas e controle de produtividade vai de encontro a isto, piorando a qualidade e o sentido do trabalho, além de afetar negativamente a saúde dos trabalhadores e trabalhadoras.

A precarização das condições de trabalho, especialmente intensificados com o uso da tecnologia, expõe uma categoria sobrecarregada e adoecida. Segundo o último dado que o SINJUSC teve acesso, entre janeiro de 2021 e junho de 2022, ou seja, em apenas um ano e maio, quase 2.000 trabalhadores/as foram afastados, totalizando quase 69 mil dias de afastamentos (sendo contar afastamento de até 3 dias). Leia mais sobre aqui.

Quando se tem dados dessa magnitude não se trata da forma como A ou B trabalham, mas, sim, como estruturalmente o trabalho é gerido. Estes afastamentos são consequência da intensificação do trabalho. O controle do trabalho por metas, o ritmo de trabalho cada vez mais acelerado e demandas incompatíveis com a jornada e quantidade insuficiente de trabalhadores comprometem a própria produtividade que o TJSC busca alcançar.

Não faz sentido imprimir um ritmo de trabalho que acabe por afastar por muitos dias um número elevadíssimo de pessoas. Tampouco é eficiente “cortar” e diminuir a quantidade de afastamentos. Nas visitas às comarcas é muito visível o grau de exaustão do pessoal.

Preocupados com isto, o SINJUSC tem uma nova pesquisa de saúde desenvolvida em parceria com a UFSC. O trabalho busca coletar dados e formar conhecimento sobre as reais e atuais condições de trabalho e, com isso, negociar construir propostas de melhorias no ambiente laboral. É fundamental que a categoria responda a pesquisa de saúde: AQUI. A pesquisa é anônima e, portanto, sua identidade será preservada.

CONVERSE COM O SINJUSC|

Neste contexto, vale grifar os diversos relatos que os trabalhadores trazem ao sindicato durante as visitas nas comarcas. Plantonistas que sofrem com a pressão e tensão constante, tarefas enfadonhas e de retrabalho de preenchimento de planilhas para cumprir o prazo de 100 dias do CNJ e falta de trabalhadores sublinham um sistema cada mais exigente e precarizado, aquém do que um serviço público deveria ser. Para conversar com o sindicato e trazer as demandas da sua comarca, acompanhe nas redes sociais a agenda do SINJUSC NAS COMARCAS. Sua participação é essencial.

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6 comentários

  1. O que mais me adoece, de verdade, atualmente é o que: não receber a GANS e, em contrapartida, ter metas do CNJ para cumprir (para ajudar o TJSC a ganhar o Selo Diamante). Isso é a coisa que mais me adoece nos dias de hoje. Saber que o tribunal tem dinheiro pra nos pagar e não paga. Essa má vontade, essa injustiça acaba comigo e me desmotiva muito. Já que DASU-3 não tem para todos, então ao menos se eu recebesse esse valor da GANS seria uma saída para a minha disfunção como TJA. É impossível que isso continue assim! Até quando?

      • Eu sei que estou certa nas minhas colocações. Estou esperando receber a GANS para me filiar novamente. Sou chata eu sei, mas sei que tenho razão nas coisas que eu comento. Acontece que a presidência do TJ não está colaborando conosco ultimamente (com os TJAS).

        • Não é chatice, é mobilização e disposição pra luta! Continue assim, participe das campanhas, mobilizações e assembleias do SINJUSC!

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