O SINJUSC fez contato com os bancos referente à questão dos créditos consignados. Este assunto é delicado, pois trata de uma relação cliente-banco. Um caso atípico a ser tratado por meio do sindicato. Mas, diante de centenas de dúvidas, o SINJUSC empenhou-se em enviar ofício às instituições para entender as reais intenções dos bancos. Foram oficiados os bancos Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, banco Alfa, Bradesco, Santander, Santinvest, Credisc, Top Cred e Unicred.
No documento o SINJUSC solicita que as instituições financeiras ofereçam aos servidores produtos sem a cobrança de taxas de administração e encargos, novos parcelamentos com juros mais vantajosos do que os atuais, ou ainda a possibilidade de sobrestamento das parcelas por determinado período.
Apenas dois bancos se manifestaram até o fechamento desta informação. O Santander afirmou que não houve até a presente data alteração na forma de atuação do TJSC que justifique a suspensão massificada dos descontos relativos às parcelas dos contratos de créditos consignados, como por exemplo redução de jornadas, salários ou suspensão de pagamentos aos servidores. Já a Unicred afirmou oferecer facilidades como a ampliação do número de TED/DOC na cesta de relacionamentos, redução de taxas em mais de 15 linhas diferentes, inclusive crédito consignado, renegociações com ampliação de carência para crédito consignado, por fim, pagamento integral de indenizações dos seguros contratados por morte/invalidez ocorridas por COVID-19.
Estes retornos confirmam o alerta: os bancos não estão preocupados com a situação das pessoas, eles querem aproveitar o momento de crise para ganhar ainda mais. Estes novos empréstimos (com carência) são vantajosos para eles e não às pessoas.
A manifestação nesse sentido do sindicato é resguardar a saúde financeira dos servidores, para que não caiam em armadilhas publicitárias. As estratégias dos bancos não são gratuitas e benevolentes, podendo trazer prejuízos ainda maiores para os correntistas. Fique atento(a)!
Na live do dia 21 de maio, o SINJUSC alertou sobre este assunto. Inclusive, abaixo você pode assistir ao trecho que alertamos a categoria.
O BB não oferece a suspensão temporária do pagamento, nem mesmo novo contrato com carência, apesar da propaganda do site deles e da promessa da própria Febraban.
Muito esclarecedor. Eu tenho dito que o Servidor deve procurar o seu banco para tentar fazer alguma negociação. Pode fazer uma renovação da dívida como o Neto explicou. Pode aumentar o prazo para pagamento. Pode fazer uma portabilidade para outro banco. O TJ autoriza utilizar apenas 30% para margem. Tem bancos e cooperativas de créditos que calculam a margem em até 40%. O TJ autorizou o prazo de até 120 parcelas. Tem banco que fazem em 96, 72 e 60 meses. Como eu disse, é mais fácil o Servidor procurar o Banco ou a Cooperativa onde fez seu consignado e tentar uma renegociação. Na minha opinião, nem o Sinjusc e nem o TJ podem interferir. Um grande abraço em todos.