Doze deputados e deputadas de SC votaram a favor da chamada "PEC da Blindagem".

SC não vai esquecer quem votou na “PEC da Blindagem”

A PEC 3/2021 ou “PEC da blindagem”, como ficou conhecida a proposta de emenda à Constituição que exige autorização prévia do Congresso Nacional para abertura de ação penal contra deputados e senadores, foi arquivada na quarta, dia 24 de setembro, pelo Senado Federal. O arquivamento aconteceu depois do projeto ter sido aprovado na Câmara dos Deputados no dia 16 de setembro e da forte reação popular que tomou as ruas das principais capitais brasileiras no domingo, dia 21 de setembro.

Para dirigentes sindicais que fazem parte do Fórum Catarinense de Defesa do Serviço público, “não foi o Senado, foi a população brasileira que esteve nas ruas no domingo que barrou a chamada PEC da blindagem e é por isso que o eleitor catarinense não vai esquecer dos 12 deputados e deputadas de Santa Catarina que votaram em favor da PEC da impunidade”.

De um total de 16 parlamentares de Santa Catarina na Câmara dos Deputados, apenas Pedro Uczai (PT), Ana Paula Lima (PT), Gilson Marques (Novo) e Ismael (PSD) votaram contra a medida. Foram favoráveis a chamada “PEC da blindagem”: Zé Trovão (PL), Cobalchini (MDB), Pezenti (MDB), Fabio Schiochet (União), Luiz Fernando Vampiro (MDB), Jorge Goetten (Republicanos), Ricardo Guidi (PL), Geovania de Sá (PSDB), Julia Zanatta (PL), Daniela Reinehr (PL), Daniel Freitas (PL) e Caroline de Toni (PL).

Na avaliação do Fórum Catarinense, que reúne cerca de 30 entidades que representam setores dos serviços públicos das três esferas em Santa Catarina, “o perfil do parlamentar que votou na “PEC da impunidade” é o mesmo que defende a chamada “reforma” administrativa. Se aprovada, essa reforma vai facilitar a corrupção em nível federal, estadual e municipal por meio da contratação temporária no serviço público entre outros mecanismos”.

9 comentários

  1. PEC da blindagem para eles, PEC do contrato temporário e fim da estabilidade para nós.

    Isso tem que ser bem divulgado em todas as redes, pois já trabalhei em vários cartórios e pude ver que temos muitos servidores (talvez a maioria) que votam em políticos de direita, que são contra o serviço público, principalmente do PL.

    • Deputado que vota a favor da PEC da ” blindagem” de fato não tem moral alguma para criticar quem quer seja de corrupto ou ladrão. Como o grande mote do PL (todos os deputados votaram a favor) esta na caça aos corruptos, eficiência estatal e bla bla. A grande conclusão que se chega é: ou o eleitor desse partido é cego ou não quer ver.

  2. Mandei uma mensagem ontem e não foi publicada! Qual a razão do cerceamento de minha liberdade de expressão?

    • Olá José, só não são aprovados comentários cujo conteúdo seja agressivo, contenha chingamentos ou informações falsas!

      • Mas então porque não foi publicada? Foi uma crítica ponderada, pessoal, de um sindicalizado que se sente censurado por ter uma opinião diferente sobre a atuação politizada do sindicato.

        • Olá José! Não temos problema em publicar visões divergentes, se você olhar nos comentários das notícias vai perceber facilmente. Mas qualquer manifestação aqui deve ser exposta de maneira respeitosa e não pode conter informações falsas apoiando a argumentação!

          • Dizer que não concordo com o emprego da estrutura do sindicato para pautas políticas (quaisquer que sejam), ao invés da estrita defesa dos interesses da categoria é falso? A crítica está apoiada no conteúdo da notícia! Enfim, numa época de censura desvelada nada mais me surpreende. Pensei que estava colaborando de forma construtiva.

          • Na avaliação do Fórum Catarinense, que reúne cerca de 30 entidades que representam setores dos serviços públicos das três esferas em Santa Catarina, “o perfil do parlamentar que votou na “PEC da impunidade” é o mesmo que defende a chamada “reforma” administrativa. Acreditamos que a oficialização da contratação de temporários e muitos outras medidas que agridem o serviço público seja de interesse da categoria!

  3. É, no mínimo, curioso — e profundamente preocupante — ver servidores públicos que se dizem defensores da categoria atacarem sindicatos por “politização”, quando a verdadeira crítica parece estar apenas no alinhamento ideológico do sindicato com pautas progressistas. Se a crítica fosse realmente contra o uso político da estrutura sindical, ela se aplicaria a qualquer direção ideológica. Mas quando se ataca somente quando a crítica recai sobre políticos de direita — mesmo quando esses políticos propõem o desmonte do serviço público —, temos que chamar as coisas pelo nome: contradição e miopia política.

    A verdade é simples: quem defende o serviço público não pode, em sã consciência, apoiar pautas que têm como objetivo fragilizá-lo. E é exatamente isso que fazem as chamadas “reformas” propostas por setores da direita — como a administrativa, que prevê o fim da estabilidade, aumento de contratações temporárias, cortes de salários e benefícios, além da privatização de funções essenciais do Estado.

    É inaceitável que servidores — que dependem da existência e valorização do serviço público para manter seus empregos, suas aposentadorias e suas condições de trabalho — finjam não ver o impacto dessas políticas em sua própria realidade, apenas para sustentar uma identidade ideológica que, na prática, está destruindo seu ganha-pão.

    Mais grave ainda é quando esses mesmos servidores tentam desqualificar o papel dos sindicatos por se posicionarem politicamente contra esse projeto de desmonte. Ora, se um sindicato não pode se posicionar politicamente diante de uma ameaça direta à existência do serviço público, então ele serve para quê? Para distribuir brindes em datas comemorativas?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *