Visita à comarca de Criciúma em julho deste ano.

Com 15 mil km rodados, SINJUSC visitou todos os locais de trabalho do PJSC em 2025

Durante o ano de 2025, a diretoria percorreu cerca de 15 mil km e esteve, pelo menos uma vez, em todos os 118 locais de trabalho do Poder Judiciário de Santa Catarina (PJSC). Na avaliação da gestão, esse contato direto com colegas nas comarcas por todo o Estado é fundamental para conhecer questões específicas de cada lugar e reforçar a mobilização pelas demandas que atingem todas e todos.

Entre os temas mais debatidos nas comarcas estão a implementação do Adicional de Qualificação (AQ) como forma de incentivo à formação, mas também para corrigir a questão da Gratificação de Nível Superior (GNS) que deixou de ser paga para quem entrou no judiciário a partir de 2024. Outra questão relevante mencionada pelos colegas é a redução da jornada para 6 horas diárias. A ideia é compensar o aumento de produtividade impulsionado por novas tecnologias desenvolvidas nas últimas décadas e combater a sobrecarga de trabalho que tem afetado gravemente a saúde e qualidade de vida dos colegas.

De acordo com a presidente do SINJUSC, Carolina Rodrigues Costa, “mais do que mobilizar em torna das pautas aprovadas em nosso congressos, Encontros e assembleias, é função da diretoria do SINJUSC estar presente nos locais de trabalho para escutar colegas em dificuldade e enfrentar questões específicas das comarcas. Além de um espaço de organização da luta por direitos, o Sindicato também é lugar de reconhecimento, identidade e acolhimento”.

Durante os primeiros oito meses do ano, a diretoria sentiu a necessidade de visitar algumas comarcas mais de uma vez. A ideia é atingir o maior número de colegas possível por meio da multiplicação desses momentos que além de mobilizar, tirar dúvidas e escutar, também serve para formar e informar. Foi nesse sentido que a atual direção deliberou pela elaboração do jornal ContESTADO.

O JORNAL CONTESTADO E A LUTA PELA APOSENTADORIA DIGNA

A primeira edição do ContESTADO, jornal dedicado a aprofundar a apuração sobre questões importantes para a categoria, abordou o tema previdência. A demanda veio da própria categoria, as sucessivas reformas previdenciárias, tanto em âmbito federal quanto estadual, transformaram a aposentadoria em uma incerteza, enquanto retiraram direitos das novas gerações de trabalhadoras e trabalhadores no serviço público e na iniciativa privada.

Na visão da atual diretoria, não existe saída para a questão previdenciária sem passar pelo debate da luta de classes. Para Carolina, “é preciso fazer a sociedade entender que aposentadoria não é despesa, é investimento. Então não existe déficit, pois de acordo com a Constituição, o Estado Brasileiro é fiador da universalização da previdência. Além de ser um direito conquistado depois de décadas de trabalho, a previdência é fundamental para que a sociedade continue existindo”.

“Milhares de cidades brasileiras dependem dos benefícios de aposentadas e aposentados para manter a economia local. Ao contrário do que acontece com grandes fortunas que são colocadas em paraísos fiscais para não recolher impostos, o dinheiro de aposentadas e aposentados vai para a farmácia, para o mercado, para o aluguel e etc” – arrematou a presidenta do SINJUSC.

Porto Belo

3 comentários

  1. Só pra retificar, salvo engano, o GNS ( Gratificação de Ensino Superior), não deixou de ser paga para quem entrou no judiciário a partir de 2024, mas infelizmente deixou de ser paga para TODOS os servidores que apresentarem qualquer nível superior depois que entrou em vigor a referida lei, inclusive para os que já estavam cursando.

  2. De acordo com as notícias que circulam amplamente na internet, parece que há forte tendência de que teremos alguns direitos cortados com a reforma administrativa nacional (emenda à Constituição). A princípio, perderemos triênio e licença-prêmio por determinação constitucional. Em razão desses cortes de remuneração, poderíamos pedir ao tribunal uma compensação com um bom adicional de qualificação (valores iguais ao TCE/SC) e implementação da jornada de 6 horas (amplamente utilizada em vários outros entes e órgãos do país).

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