1 – Plateia ativa
Há uma ideia geral de que congressos e seminários são palcos para as estrelas que sentam acima da plateia, despejam conhecimentos e depois vão embora. De 1º a 4 de maio, em Itajaí, não tinha palco e os/as palestrantes sentaram em sofás.
Talvez por isso o 8º Congresso dos trabalhadores e trabalhadoras do judiciário catarinense foi marcado pela grande participação após as apresentações.
Em quase todas as mesas, o horário definido para as paradas, almoços e jantares foi ultrapassado por uma plateia ativa, curiosa e com vontade de expor questionamentos e depoimentos.
 Em todos os painéis, todos os palestrantes foram muito exigidos depois de concluírem suas falas. Sabrina Fernandes e Joana Célia dos Passos, da mesa Mulheres, Trabalho e Judiciário, por exemplo, ouviram depoimentos e responderam a questionamentos por quase duas horas além do limite previsto.
Em todos os painéis, todos os palestrantes foram muito exigidos depois de concluírem suas falas. Sabrina Fernandes e Joana Célia dos Passos, da mesa Mulheres, Trabalho e Judiciário, por exemplo, ouviram depoimentos e responderam a questionamentos por quase duas horas além do limite previsto.
O retardamento do evento seguinte, a apresentação do Auto da Compadecida, e a redução do horário do jantar, não mereceu comentários. E o grupo teatral Cia Caras de Boneco encerrou aquela noite, com um espetáculo de cerca de 1h30min, com o auditório de 200 lugares quase lotado. Numa conta rápida, foram quase 10 horas de atividade coletiva no dia 2 de maio.
Sabrina e Joana – Mulheres, Trabalho e Judiciário; Renato Rovai e Ana Georgina – O Brasil e o Mundo na Nova Era; Altamiro Borges e Rafael Martini – Mídia e Judiciário; Rossano Bastos e Mateus Graoske – Fazendo Escola Pra Quê? – Margarida Maria Silveira Barreto e Roberto Ruiz – Saúde do Trabalhador/a; Volnei Rosalen e Francisco Luciano de Azevedo Frota – O Judiciário Brasileiro no Século XXI, renovaram informações, fomentaram debates e dúvidas, e fortaleceram delegados e delegadas para que, passado o Congresso, ampliem as informações e a busca da unidade da categoria.
2 – Superações
Muitos depoimentos marcaram todas as palestras do 8º Congresso. Uma das mais emocionantes, e que arrancou aplausos, foi o relato de vida de Jussara Maria Santos da Silva, dia 3, durante os debates da mesa de saúde. Jussara narrou a sua trajetória intelectual e profissional, desde a condição de empregada doméstica, o concurso público e a vida dedicada ao judiciário.
 Natural de Porto Alegre, RS, Jussara nasceu em uma família pobre. Casou jovem. Enfrentou inúmeras dificuldades. Jussara veio da periferia. Era pobre. É negra. Durante o casamento, foi impedida de estudar e trabalhar. Mas ela ultrapassou esta e tantas outras coisas que a impediam de concretizar sonhos. Formou-se em Direito. Passou no concurso e foi nomeada. Mas nem tudo foi mais fácil. O concurso público dá a alguns e algumas um reconhecimento social. Outros/as devem continuar enfrentando preconceitos. Jussara contou que algumas vezes foi tratada de forma preconceituosa e excludente. Mais luta superação, que só acontecem de verdade quando compartilhada. Jussara segue a vida, consciente, participativa, agora como chefe do cartório da Vara Criminal do Continente, em Florianópolis.
Natural de Porto Alegre, RS, Jussara nasceu em uma família pobre. Casou jovem. Enfrentou inúmeras dificuldades. Jussara veio da periferia. Era pobre. É negra. Durante o casamento, foi impedida de estudar e trabalhar. Mas ela ultrapassou esta e tantas outras coisas que a impediam de concretizar sonhos. Formou-se em Direito. Passou no concurso e foi nomeada. Mas nem tudo foi mais fácil. O concurso público dá a alguns e algumas um reconhecimento social. Outros/as devem continuar enfrentando preconceitos. Jussara contou que algumas vezes foi tratada de forma preconceituosa e excludente. Mais luta superação, que só acontecem de verdade quando compartilhada. Jussara segue a vida, consciente, participativa, agora como chefe do cartório da Vara Criminal do Continente, em Florianópolis.
3 – Espaço de memórias
Uma tenda montada nas instalações para o 8º Congresso motivou o resgate de memórias dos sindicalizados. A iniciativa partiu do Centro de Estudos e Pesquisa em Trabalho e Sindicalismo – Fazendo Escola. Enquanto um filme era exibido sobre a histórica greve de 2015, os participantes relatavam suas memórias.
 Um dos depoimentos foi dado por Alcides Alonço Leonel, da comarca de Palhoça. Leonel é atualmente 2º secretário jurídico do Sindicato, mas foi presidente entre 1998 e 2001. Ele recorda de ter se filiado, em 1987, quando a entidade ainda era Associação dos Servidores do Judiciário de Santa Catarina. Alonço lembra de várias greves que participou em 1986, 2005 e 2015 como um período de lutas, experiências e conquistas. Os depoimentos colhidos em Itajaí ficarão disponíveis na íntegra no SINJUSC. Para Rossano Bastos e Mateus Graoske, membros do Conselho Científico do Fazendo Escola, os depoimentos colhidos em Itajaí preservam a história do SINJUSC e, para as gerações futuras, contam como foram necessárias as grandes lutas da categoria na busca e preservação de direitos.
Um dos depoimentos foi dado por Alcides Alonço Leonel, da comarca de Palhoça. Leonel é atualmente 2º secretário jurídico do Sindicato, mas foi presidente entre 1998 e 2001. Ele recorda de ter se filiado, em 1987, quando a entidade ainda era Associação dos Servidores do Judiciário de Santa Catarina. Alonço lembra de várias greves que participou em 1986, 2005 e 2015 como um período de lutas, experiências e conquistas. Os depoimentos colhidos em Itajaí ficarão disponíveis na íntegra no SINJUSC. Para Rossano Bastos e Mateus Graoske, membros do Conselho Científico do Fazendo Escola, os depoimentos colhidos em Itajaí preservam a história do SINJUSC e, para as gerações futuras, contam como foram necessárias as grandes lutas da categoria na busca e preservação de direitos.
Moradores de rua
 Quatro representantes do Movimento Nacional da População em Situação de Rua do Estado de Santa Catarina (MNPR-SC) participaram do Congresso em Itajaí durante a tarde do dia 3 de maio. Entre eles, o coordenador nacional, Daniel Paz dos Santos. Com ele estavam Roberto, Ismael e Nivaldo.
Quatro representantes do Movimento Nacional da População em Situação de Rua do Estado de Santa Catarina (MNPR-SC) participaram do Congresso em Itajaí durante a tarde do dia 3 de maio. Entre eles, o coordenador nacional, Daniel Paz dos Santos. Com ele estavam Roberto, Ismael e Nivaldo.
No corredor, em frente ao auditório, expuseram plantas e objetos que fazem a partir de materiais recicláveis.
Também falaram antes do painel sobre saúde. Apontaram a falta de recursos e políticas públicas para quem mora na rua. Contaram suas lutas contra preconceitos e para garantir a dignidade de quem mora na rua. Contaram sobre da Casa dos Amigos.
O Movimento cuida de uma casa e um terreno em Antônio Carlos. Planta orgânicos. Comercializa quando pode. Assim, acolhe moradores de rua que precisam. Depois, podem ficar o voltar para a rua. Ao final, agradeceram apoios que recebem de diversas entidades e organizações, entre elas, o SINJUSC.
Se o assunto despertou a atenção, aqui tem uma pesquisa acadêmica sobre o MNPR.
(Fotos de Osíris Duarte, jornalista SC02538JP – Texto de Vaniucha Moraes, jornalista (SC02959JP) e Doutora em Sociologia Política e Mestre em Jornalismo pela UFSC – Revisão e Edição por Rubens Lunge, Especialista em Comunicação pela Universidade Metodista de SP, jornalista MtB 5567/RS)
 
							 
					 
							 
					