O Brasil passa por uma imensa crise política, econômica e social que está longe de chegar ao fim e que será sentida, mais cedo ou mais tarde, por todos os trabalhadores. O estopim será o encontro da queda da renda dos trabalhadores, do giro mais lento e em menor escala da roda da economia, que reduz a capacidade de investimento do Estado, com a Emenda do Teto para 2018, as reformas trabalhista e da previdência e a Lei da Terceirização.
Os alertas sobre os efeitos maléficos das reformas foram dados por inúmeras entidades e organizações. Entre elas, a Anamatra, as Centrais Sindicais, a Fenajud e o SINJUSC aqui, aqui e aqui.
Para enfrentar o que vem pela frente, assegurando direitos e buscando avanços, o melhor caminho é o Sindicato. Se você ainda não é filiado, filie-se ao SINJUSC, e participe. Juntos e organizados, os trabalhadores são mais fortes.
A crise na Europa
Enquanto ainda há pessoas que não acreditam nos danos aos trabalhadores e ao povo mais pobre com as mudanças impostas ao Brasil pelo vice-presidente depois da retirada de Dilma Roussef do Poder Executivo, basta olhar a imprensa fora das grandes empresas de comunicação do Brasil. A internet é uma ótima ferramenta para ficar informado sobre assuntos que a mídia tradicional, por opção de seus proprietários, não mostra ao povo.
Veja os títulos de algumas matérias da última sexta-feira de um canal que passa muito longe de ser de esquerda ou crítico do sistema, o Euronews: “Quando a retoma nasce em Espanha, não é para todos”, que aborda a pobreza e a exclusão social de cerca de 40% da população da Andaluzia; de Portugal vem a informação de que a taxa de desemprego caiu 0,2%. Em junho, com relação a maio, 9,5% da força de trabalho das mulheres estavam desempregadas, e 8,5% dos homens. Entre os jovens, o desemprego está em alarmantes 23,4%. No Brasil, 9% de desemprego foi um dos mantras utilizados pela oposição ao governo de Dilma para tirá-la da presidência.
Trabalhador pobre
Em matéria publicada dia 26/07, o Euronews mostra a pobreza entre os alemães, apesar de o índice de desemprego ser baixíssimo. Como pode uma coisa dessas: não tem desemprego, mas há pobreza no país mais rico da Europa? A resposta está na reforma trabalhista ocorrida em 2003, que precarizou as relações de trabalho e reduziu os salários. Hoje, os trabalhadores alemães enfrentam filas em obras sociais em busca de apoio e, quando podem, enfrentam um segundo emprego, fazendo jornadas que chegam a 15h para receber perto de R$ 3 mil.
Leia mais sobre os assuntos apresentados acima aqui:
http://pt.euronews.com/2017/07/26/pobres-trabalhadores-alemaes
http://pt.euronews.com/2017/07/28/desemprego-em-baixa
http://pt.euronews.com/2017/07/28/quando-a-retoma-nasce-em-espanha-nao-e-para-todos
http://pt.euronews.com/2017/07/31/eurostat-turismo-visitantes-europa-nao-podem-fazer-ferias